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4 coisas sobre o sofrimento que você não sabia

TERAPIA

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Luisa Restrepo - publicado em 27/09/21

A dor é uma escola que nos ensina a crescer humana e espiritualmente

Quando nos deparamos com situações de sofrimento, tanto pessoal quanto o das pessoas que amamos, a primeira reação costuma ser a rejeição: não é possível! Procuramos um culpado, lutamos para construir estratégias de vingança.

Entretanto, por mais compreensíveis e emocionais que sejam, essas reações não nos ajudam a enfrentar os acontecimentos difíceis da vida, aqueles em que somos colocados à prova quando experimentamos injustiça, doença, traição ou fracasso.

O sofrimento está aí e pede para ser vencido. Paradoxalmente, o mundo nos diz para passarmos e evitá-lo. Mas a dor é uma escola com a qual podemos aprender e crescer humana e espiritualmente.

No sofrimento, você não pode se esconder: é aí que você se vê como você realmente é.

Quando tudo vai bem, na verdade, é fácil pregar, principalmente quando fazemos discursos retóricos sobre como os outros devem viver. Mas a verdadeira pregação, a mais eficaz, é a nossa vida em um momento de dificuldade e dor.

Portanto, aqui vão algumas considerações acerca do sofrimento.

1Um lugar de revelação

Jesus falou abertamente sobre a dor dele. Ele sabia que o sofrimento é um lugar de revelação. Sua mensagem seria incompreensível sem sua vontade de passar por aquela situação difícil:

“O Senhor abriu meus ouvidos e não resisti nem recuei. Ofereci minhas costas a quem me batia, meu rosto a quem me puxava a barba, e não escondia meu rosto de insultos e cuspidas ”.

Isaías 50,5

Jesus não quis ser um homem sem sofrer por nós. Ele não quis ser um messias confortável para nós, que não nos questiona ou comove.

2Uma questão decisiva

E aqui está o ponto de inflexão: Jesus, com uma pergunta ousada, não se dirige mais à multidão em geral, mas começa a se preocupar mais com os discípulos, os mais próximos dele.

É a eles que você faz mais ou menos esta pergunta: nesse ponto da sua viagem comigo, depois do que vocês viveram, depois do que viveram comigo, o que vocês entenderam? Quem eu sou para você?

É a pergunta que ressoa no coração do discípulo de todos os tempos. A certa altura devemos parar e nos perguntar: o que entendi de Jesus até agora?

3Sofrimento é vida

Pedro sente e sabe qual é a resposta, mas não a compreende totalmente. Sente um dom da graça, mas não está disposto a vivê-lo .

Talvez também tenhamos entendido muitas coisas sobre Jesus, talvez as conheçamos; mas não é certo que estejamos dispostos a vivê-las.

E Pedro, de fato, sabe que não é capaz de viver um aspecto fundamental: aceitar o sofrimento por e com Jesus.

Pedro não tem apenas medo do sofrimento de Jesus, como nós quando obviamente não queremos o sofrimento de um ente querido.

Pedro tem medo do próprio sofrimento, porque sabe muito bem que o fracasso do mestre significará também a sua derrota pessoal. Sim, Pedro, como todos nós, tem medo de sofrer.

4No sofrimento, você se torna um discípulo

Porém, assim como a revelação de Jesus só é possível no momento do sofrimento, nossa profissão de fé mais autêntica é apenas aquela que fazemos no momento do nosso sofrimento.

Jesus concorda em ser reconhecido como Messias, o Filho de Deus somente quando suas mãos estão amarradas na frente do Sumo Sacerdote e enquanto na cruz sob o olhar do centurião romano.

Só se torna discípulo renunciando às suas razões, às suas exigências, aos seus tempos.

Isso é o que significa negar a si mesmo. Só assim você será capaz de se libertar e carregar sua própria cruz.

Na verdade, não se trata tanto de sofrer, mas de como sofremos .

A cruz não é a desgraça que nos atinge, mas a maneira de pensar e enfrentar os acontecimentos da vida todos os dias à luz do Evangelho.

Tomar a cruz todos os dias significa tomar o Evangelho como critério de escolha – e este é o caminho difícil.

Em vez de destruir, buscar vingança, fazer justiça por nós mesmos, somos chamados a perdoar, a nos entregar, a confiar em Deus.

Portanto, o discípulo é chamado a negar-se a si mesmo, a tomar a cruz e, acima de tudo, a continuar, a estar atrás de Jesus.

Quase sempre queremos estar diante Dele, queremos abrir nosso caminho, queremos construir nossos projetos.

Preferimos tomar nossas decisões e depois pedir a Deus que abençoe o que construímos.

Em vez disso, Jesus nos pede para segui-lo, até aonde não gostaríamos de ir. Ele nos pede para segui-lo quando se trata de passar por algum sofrimento – assim como ele passou.

Tags:
DepressãoEsperançaSofrimento
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