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Núncio apostólico na Ucrânia: “pessoas estão muito preocupadas e tensas”

Ucrânia

Shutterstock I MiaKyt

Zarvanytsya, Ucrânia

Francisco Vêneto - publicado em 14/02/22

"É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas adequadas para superar os conflitos porque quase sempre há algum conflito entre os interesses das partes"

O núncio apostólico na Ucrânia, dom Visvaldas Kulbokas, declarou à agência Sir, do episcopado italiano, que “as pessoas estão muito preocupadas e tensas” devido à movimentação de tropas nos dois lados da fronteira entre o país e a Rússia.

O núncio também criticou os políticos envolvidos:

“É evidente que os políticos muitas vezes não encontram ferramentas adequadas para superar os conflitos porque quase sempre há algum conflito entre os interesses das partes”.

Por isso mesmo, dom Visvaldas acrescentou que “sonha” com “mais pessoas que se dediquem à política com sinceridade e dedicação”, já que se trata de “uma vocação digna, a serviço de todos” e que, portanto, não pode ficar “nas mãos de quem zomba da política como se a própria vida e a dos outros não fossem nada”.

Estas palavras do núncio, aliás, evocam as do Papa Francisco, que, neste domingo, reafirmou:

“As notícias que chegam da Ucrânia são muito preocupantes. Confio à intercessão da Virgem Maria e à consciência dos responsáveis políticos todos os esforços pela paz”.

A situação na Ucrânia

Conflitos armados entre as forças ucranianas e grupos separatistas pró-russos apoiados por Moscou se arrastam há anos no leste da Ucrânia, sobretudo depois da anexação da região da Crimeia pela Rússia em 2014. Desde janeiro de 2021, a Rússia vem sendo veementemente acusada pelos Estados Unidos e por países europeus de preparar uma invasão ao território ucraniano. O governo russo nega as acusações e, por sua vez, acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de promover a própria expansão militar no leste europeu.

Para dom Visvaldas Kulbokas, os causadores da guerra e aqueles que se omitem na proteção da paz “não têm o direito de se chamar cristãos”. E complementa:

“Nós, pessoas de fé, cristãos ou judeus ou muçulmanos, sabemos que só na verdadeira fé em Deus temos a possibilidade de resolver os conflitos; gostemos ou não, é assim: só a fé sincera nos ilumina”.

Por isso mesmo, afirmou que a paz e a convivência entre todos são uma “vocação clara e imperativa” e, para promovê-las, ressaltou a necessidade da conversão “a Deus e ao verdadeiro e eterno ‘eu’”, já que os seres humanos são chamados “a ser luz e amparo uns dos outros”.

Dom Visvaldas Kulbokas encerrou:

“Confiemos nossa súplica de paz ao Senhor Jesus e à Virgem Maria”.

Tags:
GuerraIdeologiaPolítica
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