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Papa agradece a voluntários que “fizeram e fazem o bem em silêncio”

Papa Francisco

Antoine Mekary | ALETEIA

Francisco Vêneto - publicado em 23/05/22

"Estar perto dos nossos irmãos e irmãs nos torna melhores, mais úteis e solidários"

O Papa Francisco agradeceu aos voluntários que “fizeram e fazem o bem em silêncio”: na manhã desta segunda-feira, 23, ele se dirigiu particularmente aos membros italianos do Sistema Nacional de Defesa Civil, que foram ao Vaticano para uma audiência especial com o Santo Padre.

Francisco manifestou a sua gratidão aos voluntários, especificamente, pelo acolhimento oferecido aos refugiados “da guerra absurda” na Ucrânia e pelo trabalho realizado ao longo da pandemia de covid-19:

“Obrigado pelo que vocês fizeram e continuam fazendo em silêncio”.

Isolamento social

De acordo com o que o Papa disse aos voluntários, “a primeira proteção de que precisamos é a que nos preserva do isolamento social: é uma forma muito importante de dar voz à esperança”. Francisco ressaltou que “ninguém se salva sozinho” e que, portanto, “a nossa vida depende da vida dos outros”.

“Estar perto dos nossos irmãos e irmãs nos torna melhores, mais úteis e solidários”.

Guerras

Falando em particular dos conflitos atuais, o Papa declarou:

“Toda guerra marca uma rendição à capacidade humana de proteger. Uma negação do que está escrito nos compromissos solenes das Nações Unidas. Por isto, São Paulo VI, ao falar na ONU, proclamou: ‘Nunca mais a guerra!’. Repitamos isso hoje, diante do que está acontecendo na Ucrânia, e protejamos o sonho de paz das pessoas, o direito sagrado dos povos à paz”.

Catástrofes naturais

Francisco também abordou perante os voluntários italianos a problemática das mudanças no clima, considerando que elas “multiplicaram os eventos atmosféricos extremos, com consequências dramáticas para as populações civis”. E observou que “o impacto é catastrófico para as pessoas que perdem suas casas por conta das enchentes, tornados, alterações hidrogeológicas”. Neste sentido, o Papa reforçou que “somos chamados a proteger o mundo e não a depredá-lo”.

Formar consciências

Por fim, Francisco recordou que “é preciso formar as consciências”, para que os bens pertencentes a todos não sejam abandonados ou usados em benefício de poucos, além de “educar para a beleza”, valorizando “histórias de vida e tradições, culturas e experiências sociais”.

O Papa finalizou com o exemplo de cuidado oferecido a nós pelo próprio Deus, como Pai:

“Proteger é cuidar. Deus é Pai: cuida de nós e não nos deixa faltar o Seu amor. Ele nunca nos abandona: sempre nos pega pela mão e nos acompanha, nos protege e nos ampara”.

Tags:
Meio ambientePapa FranciscoTragédia
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