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Cidadãos de Malta protestam na rua contra lei que quer ampliar o aborto

Manifestação em Malta contra o aborto

Life Network Foundation Malta | Facebook

Francisco Vêneto - publicado em 08/12/22

Malta é o único país da União Europeia que proíbe o aborto em todos os casos, a menos que haja risco de vida para a mãe

Cidadãos de Malta protestaram na rua contra uma mudança na lei que pretende ampliar o aborto no país – que, aliás, é o único da União Europeia onde o aborto é proibido em todos os casos, a menos que haja risco de vida para a mãe.

Segundo o grupo Life Network Foundation Malta, organizador da manifestação pró-vida, participaram cerca de 20 mil pessoas em Valletta, a capital, “com o único propósito de transmitir uma mensagem ao governo: o povo maltês não quer o aborto em nosso país”. De fato, faixas mostradas pelos manifestantes mostravam frases como “Aborto fora de Malta”, “Protejam as nossas crianças” e “Sim à vida”.

O projeto de lei que foi recentemente apresentado propõe uma emenda constitucional que pretende ampliar o aborto mediante a mudança do único cenário em que o país o permite: o texto quer trocar “risco de vida” da mãe por “risco à saúde” da mãe – o que é suficientemente genérico para se prestar a interpretações subjetivas que facilitem o aborto eletivo.

Em carta aberta, os bispos malteses dom Charles Scicluna, dom Anton Teuma e dom Joseph Galea Curmi pediram que os legisladores mantenham o respeito pela dignidade do bebê:

“Quando o respeito pela dignidade do bebê no útero é negado, o fundamento do respeito pela dignidade de todo ser humano, incluindo mulheres e profissionais, é destruído”.

Os bispos reforçaram que a legislação maltesa já permite que os médicos salvem a vida de gestantes mesmo nas situações em que o bebê, infelizmente, não pode ser salvo. Trata-se de uma aplicação do princípio moral do mal menor, em que a morte do bebê não é provocada como um fim, mas acontece indesejadamente e inevitavelmente pela própria impossibilidade de salvá-lo juntamente com a mãe. Como a vida materna já é protegida por lei, mudar o texto é desnecessário, afirmam os bispos.

A mesma consideração está sendo reiterada por médicos e especialistas em ética: eles denunciam que a expressão “risco à saúde” em vez de “risco de vida” pode ser instrumentalizada para “justificar” o aborto mesmo que a mãe não esteja correndo risco de morrer.

O Parlamento, no entanto, aprovou a primeira leitura do projeto de lei e deve submetê-lo a votação final até 19 de dezembro.

Os manifestantes pró-vida instalaram diante do gabinete do primeiro-ministro Robert Abela, neste domingo, 4, uma grande imagem de um nascituro, a fim de reforçar que está em jogo a vida de um inocente.

Tags:
AbortoIdeologiaJustiçaVida
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